A compra do Palacete Gentil, para se tornar a Reitoria da Universidade, em 1956, foi o marco inicial do que veio a se tornar o atual Benfica universitário. Passando a se localizar em um antigo refúgio da elite fortalezense, a Reitoria foi importante nesse primeiro momento, pois era um prédio que reunia em torno de si a opulência e as referências culturais burguesas que adicionavam capital simbólico à recém-criada Universidade. Além disso, serviu de pedra fundamental para a construção do campus universitário, locus da identidade universitária buscada nessas primeiras décadas de existência da instituição. Com muitos imóveis disponíveis, devido à migração das elites locais para o que veio a se tornar o bairro da Aldeota, o Benfica parecia permitir a expansão da Universidade do Ceará a partir do cruzamento entre a Av. Visconde do Cauípe e a Av. Treze de Maio, teoricamente possibilitando a criação de um campus universitário urbano e integrado à malha urbana, ao longo do eixo formado pela antiga Estrada de Arronches (ou Parangaba) e tendo, como limites extremos, o Porangabussu e a Faculdade de Direito, na Praça Clóvis Beviláqua.
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