A Avenida da Universidade tornou-se um corredor político cultural da cidade. Ligando o bairro ao centro da cidade, a via era como uma artéria por onde a Universidade escoava para a cidade e se dava a conhecer. Eixo por onde o projeto de campus universitário integrado à cidade tentou se expandir, a Av. da Universidade era o palco de ritos universitários que se transformaram em eventos tradicionais na cidade, como a Passeata dos bichos e a abertura dos Jogos Universitários. Com o crescimento de uma ideia de movimento estudantil ligado a um projeto de educação superior voltada para o desenvolvimento social e combate às desigualdades sociais na década de 1960, a Av. da Universidade também se transformou em palco de manifestações políticas. A mobilização política dos estudantes na década de 1960, tendo como quartel general o Clube do Estudante Universitário (CEU), teve como pontos altos a Greve do Terço, em 1962, e os atos contra a Ditadura até o AI – 5 e usou da via como um meio da classe estudantil universitária não somente se expressar, mas tentar transformar a sociedade. Com a redemocratização, o restabelecimento do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a criação dos órgãos sindicais dos servidores, a Av. da Universidade se concretizou como palco político, e o Benfica passou a ser o lar de várias associações políticas, movimentos sociais e sedes partidárias.
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