Minha história com o CH

As cinco décadas do Centro de Humanidades se entrelaçam com os momentos importantes da vida de milhares de pessoas que aqui trabalharam, estudaram, encontraram grandes amores e grandes amizades. Em texto, imagem e vídeo, podemos sentir a diversidade de memórias e olhares que preenchem nossos espaços físicos. Afinal, ser de humanas é ter um olhar profundo e complexo sobre as palavras, os indivíduos e a sociedade. 

 

Em 2012, coloquei pela primeira vez os meus pés no Centro de Humanidades da UFC(CH), na época era estudante do cursinho pré-vestibular SINTUFCE, cursinho popular esse que me abriu as portas para estudar no IFCE e depois na UFC. Fui questionada quando sai de um curso de exatas para fazer um curso de Humanas, sempre no bairro Benfica(passei por alguns cursos), pois de acordo com algumas pessoas “era coisa de maconheir@”, uma coincidência sempre no mesmo bairro, na época eu nem era maconheira, nem sabia que o cruzamento mais famoso do Benfica (Av. 13 de Maio / Av. da Universidade) mudaria a minha vida e ficaria marcado na minha memória e no meu coração. Ao entrar na UFC percebi que, para quem faz parte de outros Campi da UFC, parece olhar de forma diferenciada para o Campus UFC- Benfica, por vezes somos/fomos bastante estigmatizados/questionados sobre nossa forma de fazer Ciência dentro da comunidade acadêmica, coisa que as Ciências ditas como Puras nem imaginam… Mas afinal, quem é o estudante de Humanas? No que acreditam? Todo estudante traz consigo suas marcas, suas dores, suas vivências, sua história, e a esperanças de um mundo menos desigual… O estudante de Humanas é Luta, o estudante de Humanas é esperança, o estudante de Humanas analisa a situação política do país e ao mesmo tempo se deprime nos bares do entorno, o estudante de Humanas tem força para fazer ato/intervenções no cruzamento da Av. 13 de Maio com Av. da Universidade sempre que é necessário.Inúmeras vezes, Cruzei para ir ao RU, atravessei a rua para ir à xerox, para ir ao Centro de Fortaleza, para ir à BCH, corri para ir de CH em CH, sem nunca contar, sem nunca achar que iria sentir tanta falta desse lugar. Ahhh se essas ruas falassem… E por último, transpassei de uma estudante para uma profissional formada em Ciências Sociais, convidei a minha prima que ama fotografia para me fotografar no cruzamento mais famoso, mais cheio de afeto, mais cheio de memórias e de história… Por isso, venho aqui compartilhar com vocês nos 50 anos do Centro de Humanidades algumas das minhas lembranças e da turma #MarielleVive!, turma essa que se formou nos 50 anos do Curso de Ciências Sociais da UFC.
Vilyvia Carla Marques dos Santos
Ciências Sociais
O Centro de Humanidades significa muito para mim por ter me oferecido a oportunidade de desconstruir diversos paradigmas, preconceitos e outras tantas amarras sociais. A oportunidade de vivências diversas,com pessoas incríveis, inspiradoras, de grande sabedoria, não necessariamente associada a conhecimentos acadêmicos, mas da sabedoria dos que carregam muito amor e humanidade no coração, inconformadas e inconformados com toda a dor e desigualdade desse mundo. É um espaço muito enriquecedor, tanto fisicamente, quanto simbolicamente e ficará comigo por muitos e muitos anos além. Espaço de desconstrução, lutas, resistência e muita alegria.
Raissa Freitas Alves
História
O Centro de Humanidades faz parte da minha vida desde que entrei na UFC, em 2017. Curso letras e todos os dias estou no Centro de Humanidades estudando ou conversando com amigos. Um momento marcante que tenho com o Centro de Humanidades foi o primeiro encontro que tive com meu namorado. Foi lá que o conheci e foi lá onde ocorreu o pedido de namoro oficialmente. Conhecemo-nos através de um aplicativo de relacionamentos e, como nós dois estudamos na UFC, eu curso letras e ele ciências contábeis, na FEAAC, marcamos o encontro pessoalmente no Centro de Humanidades em agosto de 2017. Encontramo-nos no famoso “ventão”, e desde aí se tornou nosso ponto de encontro rotineiro até o pedido de namoro, que também foi lá. Hoje em dia chego bem cedo à UFC para as aulas e meu namorado vai ao trabalho cedinho também. Durante o meio tempo que temos antes de ele ir ao trabalho ou quando volta para sua aula na FEAAC, nós nos encontramos nos banquinhos do CH, ou no “ventão”. O CH se tornou o local do nosso ponto de encontro e da nossa história. Momentos marcantes neste local que está presente na minha vida todos os dias. Parabenizo o Centro de Humanidades pelos seus 50 anos e que venham muito mais e que ele seja marcante na vida de outras pessoas também.
Kailane da Silva Brito
Letras Português Espanhol
Minha história com o CH é a história de quem aprendeu a chamar o Benfica de segunda casa. É passar sempre por ele, mesmo sem querer ou sem ter o que fazer lá, especificamente. Durante a graduação, o CH se tornou um espaço no qual experimentei um mundo de possibilidades, opções, ideias e vivências que me transformaram no que eu sou hoje, enquanto pessoa e profissional - professor de História. O CH faz parte da minha vida, da minha identidade, tanto que ainda continuo por lá, mas agora na pós-graduação. Por fim cabe dizer: eu sou o CH, o CH sou eu.
Ozaias da Silva Rodrigues
Mestrado em Antropologia

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